Era moça. E seu estar no mundo não era mais do que uma soma de incompreensões. Assim como a natureza, de certa maneira, sabe da primavera: seu saber era inconsciente. Sentia ausências que doíam-lhe na alma como a fome no estômago. Mas que no fundo não passavam de estrada não percorrida e sonhos ainda por sonhar. A vida comprimia-lhe o coração como flor não desabrochada. Coração-botão fechado em defesa de si mesmo. Pedia o seu andar, a estrada. E recebia, o seu pisar assustado com pudor de toque de chão. Mas como a terra sempre atrai fruto maduro, seus pés desavergonharam-se e o caminhar fez-se em gozo. Peito aberto em flor. Gotas de orvalho-amor. Desabrochou.
amei o final deste escrito.
ResponderExcluirlindos escritos.
delicados, cuidados, sensíveis.
obrigado pela visita ao um-sentir.
está linkada, ok?