sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Bala na boca

Balança o mar
quando o barco passa
a menina
mão no bolso
tira a bala
desembala
põe na boca
assiste a dança das ondas.
Onde o doce anda
é só silêncio
sal no rosto o vento
sopra
e o  momento
se desmancha
na boca

3 comentários:

  1. e esses teus versos ficam cada vez mais preciosos.

    beijo!

    ResponderExcluir
  2. fluido como vento, ou saliva!
    muito bom o balanço desse poema, leva.
    tava vendo no mapa, sua cidade tem porto mas é pertinho de outra com uma praia gigante. e tem a foz de um rio preto, que forma contornos lindos como um cabelo na brisa.
    vontade de mar, acho que a maioria dos mineiros sofre dessa crise existencial!

    ResponderExcluir