Não sabia ver as horas
no relógio de ponteiros
sentada no muro
comia acerolas
e lambia
os segundos nos dedos
No lanche, polenta frita
e café com leite
pra beber de guti-guti
Fim de tarde, o deleite:
deitava os cabelos na grama
despetalando as flores em delírio
exigia o bem-me-quer:
Quem é que me ama?
Lembrança boa embala, balança
A casa da vó Alice
tem cheiro de flor de infância
Oi, menina.
ResponderExcluirObrigado pela visita e por me acompanhar no blog. Também estou acompanhando você, por um motivo simples, gostei do que escreve. Você é muito boa nisso, tem profundidade, capacidade de sentir e interpretar, transformando em palavras o que ver e sente, além da delicadeza com que compõe. É muito bonito. Versos como "comia acerolas/ e lambia/ os segundos nos dedos" são muito criativos e de uma sutileza realmente poética. Dentre outras coisas, escrevo poesia desde os oito anos de idade e sempre observo, mesmo que sem perceber, a forma como alguém compõe, e gostei do que vi em você. Continue!
É isso! Um abraço, minha colega cronopiana!
William
P.S.: também sou graduado em Letras.
Muito obrigada, William!!
ResponderExcluirQue bom que gostou daqui. Também gostei muito dos seus escritos... :)
Abraços
Ai...que gostoso de ler/imaginar...memórias minhas vieram lendo cada linha sua, e foi muito bom.
ResponderExcluirUm abraço!
Obrigada! Fico feliz que tenha gostado.
ResponderExcluirVolte sempre! =)
lindinho!
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