Naquele fim de tarde, enquanto o tempo tingia o céu de cor-de-rosa alaranjado, Sofia fiava silêncios no vento. Deitada nos finos lençóis de areia descortinava os desenhos das nuvens: dragões, dinossauros, coelhos, duendes, casinhas de algodão. Tecendo brinquedos perdeu-se nas linhas do tempo, escorregando para o escuro da noite. O céu desanuviado era triste, não havia mais com que brincar, de modo que, abotoou o coração e já ia partindo como quem nada mais espera. Para o alto, um último olhar saudoso de nuvens. Espantou-se. No meio de tanta escuridão um pontinho de luz sorria cintilante para ela. Ah! Surpresas da vida... Uma teia encantada caiu por sobre a menina que não via mais o escuro. Mas, somente, o luzir encantado da estrela pingente.
Nem esmeraldas, nem rubis, safiras ou diamantes. Desejava apenas a estrela brilhante. Mas a distância era tanta... Para chegar até lá teria que se fazer leve. Então, como um balão que para elevar-se precisa abandonar os sacos de areia: abandonou tudo o que achava que a prendia ao chão: verdades que pensava serem únicas, sonhos empoeirados, conceitos pré-formados, amores... Mas não teve jeito. Parecia pesar ainda mais. E o desejo crescia comprimindo seu coração.
De olhar aguado, Sofia desfiava os silêncios em gemidos tristes. Não havia jeito de cruzar o céu, pois o seu coração pesava desejoso: grávido de dores de ausência. Foi assim que veio a descobrir que o vazio não era leve como pensava.
O dia amanheceu e a estrela partiu. Embora toda noite voltasse para amenizar a escuridão. E toda noite a menina perdia-se em luminosidades longínquas. Porém, houve um tempo em que não mais se satisfazia com o cintilar distante. Foi quando fechou os olhos - cansada de impossibilidades - E viu no avesso de si um céu de estrelas tantas. Resplandeceu em sorrisos. Voltou a brincar com nuvens, descortinando desenhos novos.
Nem esmeraldas, nem rubis, safiras ou diamantes. Desejava apenas a estrela brilhante. Mas a distância era tanta... Para chegar até lá teria que se fazer leve. Então, como um balão que para elevar-se precisa abandonar os sacos de areia: abandonou tudo o que achava que a prendia ao chão: verdades que pensava serem únicas, sonhos empoeirados, conceitos pré-formados, amores... Mas não teve jeito. Parecia pesar ainda mais. E o desejo crescia comprimindo seu coração.
De olhar aguado, Sofia desfiava os silêncios em gemidos tristes. Não havia jeito de cruzar o céu, pois o seu coração pesava desejoso: grávido de dores de ausência. Foi assim que veio a descobrir que o vazio não era leve como pensava.
O dia amanheceu e a estrela partiu. Embora toda noite voltasse para amenizar a escuridão. E toda noite a menina perdia-se em luminosidades longínquas. Porém, houve um tempo em que não mais se satisfazia com o cintilar distante. Foi quando fechou os olhos - cansada de impossibilidades - E viu no avesso de si um céu de estrelas tantas. Resplandeceu em sorrisos. Voltou a brincar com nuvens, descortinando desenhos novos.
Camila, você mora em Paranaguá? Estive em sua cidade no último fim de semana... que lugar lindo! Você é privilegiada por morar aí.
ResponderExcluirAdorei o seu blog! Também vou linká-lo no meu e voltarei mais vezes. =)
Bjs.
eu adoro o nome sofia.
ResponderExcluirlindo texto.
já leu "o mundo de sofia"?
vi o carpinejar linkado aí.
li coisas dele há pouco. "o amor esquece de começar" foi um deles.
:)
beijo.